sábado, fevereiro 28, 2009
Só.
Nem um toque.
Nem uma mensagem.
Nada que demonstre que me lembras!
Fazes-te forte?
Ou estiveste de passagem,
E nem me recomendas?!
Sinto-me só.
Mais do que em qualquer dia...
E estou sem dó
De todos os que sofrem dessa alegria.
São tolos em pensar... Eu sinto! Sofro! e minto...
Kum
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Ria Formosa
Ahhh... Como me alegras!
Como é bom ver-te e ouvir-te.
Que com teu cheiro doce me encerras
Deixando-me livre para pedir-te:
Que me encontres, me percas
Me faças repetir-te!
Quão sossego me dás,
Que memórias me trazes!
Recordações vãs,
Passados fugazes...
E aqui sentado diante de ti,
Consigo ver-me no teu espelho.
E tal Narciso, tanta beleza vi
Que mais se me desses conselho.
Pelo que em Faro me perdi,
E em ti me encontrei... como velho!
Mas danças no teu leito
Indiferente e vaidosa...
E eu ressurjo no teu jeito
Por mim em ti, bela Ria Formosa.
Kum
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Nada...
Hoje acordei cedo,
Madruguei por ti!
Levantei-me a medo
Mas não te vi.
Que falta de ver,
De teu toque,
Teu olhar.
Poder-te conhecer,
Sentir-me forte,
Sonhar!
Ou sonhar-te…
Nem sei o que escrevo se não estás,
Não sobra letra nem pedaço.
Todas as linhas me parecem más
E em todas as palavras fracasso!
Nada.
Nada de absolutamente nada.
Não fiz nada,
Não sei nada,
Não tenho nada a não ser… nada!
E não escrevo nada
Apesar de sentir tudo.
E tudo sentido em rajada:
É que és tanto, que me deixas mudo,
És tanta, e não me deixas nada!
Kum
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Parti...
A manhã convida,
Mas a vontade de sair é tanta como nenhuma!
As malas ocupam-me os membros,
A saudade toma-me conta da vida,
E a alma pesa-me, embora se consuma.
O monstro já me esperava.
Como sempre eu estava atrasado,
Desta vez não nas horas…
Não! Atrasei-me foi na estrada
Que me escondendo do futuro, me trazia do passado.
A saída da invicta deu-se.
Foi! Apenas isso…
Não a deixei, nem a cidade, nem a ela!
Eu fiquei… o resto perdeu-se,
E eu parti-me inteiriço.
Chegou-me o sono, então sonhei
Lugares distantes,
Santuários, castelos, rios e terras vermelhas!
Cristos que abençoam sítios de El-Rei,
Gigantes de pedra, fontanários dantes!
Todos sonhos, e tão acordado!
Memórias do presente,
Ou tão-somente imaginação
Que depois de um bocado,
Me trazem de onde parti… finalmente!
Kum
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