sábado, abril 25, 2009

Estátua.



Hoje sentei-me ao pé da estátua de um poeta. Encostei-me no seu dorso, no sentido do sol, absorvendo todos os seus raios…
Conversamos, e egoístas, partilhávamos só para nós o maior bem do mundo.
Num repente perco dois autocarros (dos que me trazem), apenas pela falta de forças e de coragem em acabar com aquele momento. Mas sinto-me tão bem…
Ao ritmo da música que se espelhava entre os meus ouvidos, fazia versos dentro da minha própria cabeça… pensei ter encontrado um daqueles momentos perfeitos para passar ao papel... mas não. Não, hoje não vou, não quero escrever. E este ao meu lado, este é que é o poeta, ele que diga, se conseguir o que eu sinto!

[silêncio]

Não penses velho. Não penses, que nem me sinto quando sou eu!

[sorrisos]

Deixem-nos aqui. Só a saborear o sol que alguém nos deu…


Kum


“Era um sonho talvez...-foi um sonho-
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh!, que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim!, despertar?”

Almeida Garret, Este Inferno de Amar

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